Acordei um dia de saco cheio do chefe e não suportando mais ter horário para trabalhar. Além disso, ter que comparecer às reuniões intermináveis para discutir os mesmos assuntos, definindo as mesmas ações, já não te encanta elas como antes, afinal, já são anos vivenciando o “corporativismo”. Depois dessa mini sessão de pensamentos “perturbadores”, decidi: não vou mais ter chefe, não participo mais de reuniões, não terei mais horários. Vou empreender.

Criar expectativas surreais em abrir um negócio é um dos erros mais fatais para qualquer começo de empreendedor. Parece clichê, sabemos disso, mas você vai sim trabalhar mais e ganhar menos (pelo menos no começo).
Vamos por partes: pense que a empresa é praticamente um filho. Ela nasce de um esboço no papel, de uma noite mal (ou bem) dormida, de férias naquela praia maravilhosa ou de uma viagem em que você viu um negócio e pensou: caramba, isso daria certo no Brasil. Como qualquer filho, a empresa precisa “desenvolver tudo”. E isso meu amigo (ou amiga), dá um trabalho gigantesco.

E porque você vai ganhar menos? Ou o lucro (se o seu negócio gerar lucro no início considere-se um felizardo) é reinvestido no negócio, ou dificilmente a empresa vai decolar. Com raras exceções, as empresas necessitam da criação de um capital para “girar”, protegendo financeiramente o empreendedor de possíveis imprevistos econômicos. Faça o dinheiro da empresa trabalhar para a empresa, evitando ao máximo a proximidade de terceiros (terceiros é uma maneira educada de fazer referência aos bancos, que farão de tudo para alimentar-se do seu negócio através de empréstimos).
Lembre-se: você vai trabalhar mais e ganhar menos. Decore isso.

Suporte o período mais crítico com a energia gerada pela realização de um sonho. Abrace a causa de empreender lembrando da frase de Hugh Hefner: “a vida é curta demais para viver o sonho de outra pessoa”. Vamos lá, encare o desafio e viva o seu sonho. Não o de outros.